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Emoção marca reencontros na festa dos 41 anos da Guarda Mirim de Foz

A emoção marcou os reencontros de integrantes das primeiras turmas com a fundadora e o primeiro diretor da Guarda Mirim de Foz do Iguaçu – a ex-primeira dama Léa Leoni Vianna e o Coronel GM Nilton Lafuente, respectivamente. O ato aconteceu ao meio dia da última quinta-feira (26), data em que a organização completou 41 anos de fundação.

A Guarda Mirim de Foz surgiu da iniciativa da ex-primeira dama, que sentiu necessidade de promover alguma ação em favor de oito meninos que viviam sem amparo na sede da Associação de Proteção a Maternidade a Infância (APMI). A fundação oficial, em 26 de julho de 1977. Desde então, aproximadamente 30 mil adolescentes passaram pela organização.

Visivelmente emocionada, Dona Léa dirigiu algumas palavras aos veteranos e guardinhas atuais. “Só posso dizer o seguinte, 41 anos passados, quando cheguei em Foz do Iguaçu, trocou a minha vida, encontrei um mundo próprio, diferente. Encontrei o Eli (Tenente GM Eli Pereira do Nascimento), que é o Guarda Mirim número um que andou comigo mostrando os amigos dele”, recordou.

“Daí senti na alma que alguma coisa me trouxe. Foi quando pensei em montar alguma coisa que os meninos tivessem uma vida boa, ou pelo menos razoável”, ressaltou. Dona Léa fez questão de frisar que hoje a instituição está com estrutura melhor do início. “Antes era tudo difícil, sacrifício. Foi muito difícil, mas me realizou”.

O convívio com os adolescentes, segundo ela, deu mais sentido a vida. “Não tinha dinheiro, mas amor sim. Os meninos aprenderam, mas aprendi mais que eles. Me ensinaram o que é a vida de fato. Hoje são homens feitos, pais de família que me proporcionaram esta maravilha de recepção”.

Dona Léa lembrou de mais histórias que vivenciou, há mais de 30 anos, ao lado dos ex-guardinhas presentes na recepção. “Se hoje sou o que sou, é por que tenho muito de vocês dentro de mim”. Ela fez questão de destacar o trabalho realizado pelo atual diretor, Hélio Cândido do Carmo, também ex-guardinha.

“O Hélio se preocupa muito com o adolescente, mas eu tinha ele pequenininho, 17 anos, que engraxava os sapatos”, disse ela, em referência a categoria de pré-mirins, que ganhavam o salário engraxando sapatos na cidade. “Vivi este filme todo quando entrei no portão. Só agradecer do fundo do coração o que Hélio tem feito”, concluiu.

Retorno
Lafuente, que deixou a GM em 1985, e não tinha retornado ainda à instituição, preparou um discurso para o ato, mas acabou tomado pela emoção e optou por não falar. “Depois de mais de 30 anos, todos estes sentimentos e emoções, não poderia ser diferente”, contou em entrevista ao Gazeta Diário.

A Guarda Mirim, segundo ele, começou com um paradigma, que era educar por excelência pela via do coração e do amor genuíno e incondicional, que continua até hoje. “A instituição são esses meninos, adolescentes, jovens, uma família na sociedade, um orgulho de todos nós”, disse.

Lafuente recorda que a criação da GM contou com apoio da sociedade, Prefeitura, Itaipu, empresário e o Instituto Nacional de Assistência ao Menor (INAN). “Mas principalmente pela ação da professora e pedagoga Léa Viana, desbravadora e fundadora benemérita, esposa do saudoso prefeito Coronel Clóvis Cunha Vianna”, recordou.

Contexto
A homenagem, com presença do Capitão GM Ricardo Bezerra Soares, foi organizada pelo ex-aspirante GM Marim Paulo de Oliveira, responsável direto pela participação do primeiro diretor, Nilton Lafuente, que atua no direito em Brasília (DF). “Foi uma coisa espetacular”, disse ele, lembrando que o primeiro encontro aconteceu em junho.

“Havia a necessidade de trazer a Dona Léa e o Nilton, que foram fundamentais no início da instituição e responsáveis pelo que somos hoje”, disse Marim. Segundo ele, tudo começou com a ideia de levar os ex-guardinhas para o desfile de 7 de setembro, “Daí surgiu esta oportunidade. Foi um momento de muita emoção e ficará marcado para sempre em nossas vidas”, concluiu.

Para o presidente atual, Hélio do Carmo, a participação dos ex-guardas mirins, é motivo de orgulho. “Isto demonstra a importância da GM na vida deles e também um momento para trocar experiência, relembrar os vehos tempos e, melhor ainda, mostrar aos adolescentes que hoje fazem parte o quanto a estes ex-integrantes estão bem encaminhados na sociedade em diferentes profissões em Foz e região e Brasil”, ressaltou.

“Hoje, no encontro num abracei todos, mas os que abracei era como se tivesse abraçando todos de nossa época e acho que todos que lá estiveram se sentiram assim”, recordou Irotides Luiz dos Santos. “Lembro que perguntei a Doa Léa ‘a senhora num vai almoçar?’ e ela me respondeu: ‘já estou cheia de emoções, hoje meu almoço é essa emoção, estou muito feliz'”, concluiu.

TEXTO: Ronildo Pimentel – Freelancer

De: Nilton Lafuente
Para: Guarda Mirim

“A GUARDA MIRIM”,

Como instituição Filantrópica de Assistência Social ao Menor Acolhido, eram esses meninos; os adolescentes; os jovens; os adultos. A GUARDA MIRIM era a sociedade; a comunidade; o iguaçuense; o Paraná e o Brasil. A GUARDA MIRIM era “erga omnis” (para todos e de todos); ela era uma família; ela era uma herança (o que se deixa com as pessoas); ela era um legado (o que se deixa nas pessoas); a GUARDA MIRIM somos todos nós. A GUARDA MIRIM era uma história contada, experimentada e vivida no coração pulsante, esperançoso e desejoso dessas crianças, adolescentes, jovens e adultos.

“O GUARDA MIRIM”,

como menino, adolescente, jovem e adulto, era feliz; sorridente; alegre; atuante; proativo; diligente; sempre alerta; amigo e companheiro; famígero; respeitoso; imponente; afetuoso; educado; solidário; generoso; precioso; gracioso; virtuoso; benemerente; bem-intencionado; responsável e comprometido com a escola, com a sociedade, com a família, com trabalho, com a vida e com Deus. O GUARDA MIRIM (GM), era revestido de amor e de contentamento; de boa índole; de bom caráter; de bons princípios; trabalhador e serviçal. O GM, era e é igual a mim e a você; humano; curvado de sentimento, de esperança, de alegria e nostalgia. O GM era amoroso e carecente de um abraço e regaço amigo, como todos nós! O GM não podia e não devia ser discriminado e jamais marginalizado. O GM não era vulnerável socioeconomico e, não vivia à margem da sociedade. O GM era um aprendiz do trabalho profissional; hoje, o GM é empresário; professor; profissional liberal; funcionário público; provedor, nobre, probo e reverenciado pai de família. O GM se enverga de orgulho e empáfia de e pelos seus feitos. O GM, era reconhecido, conhecido, notável, reputado e importante por todos e para todos. O GM era tutelado, amado, honrado e respeitado por todos nós. Todos éramos e somos 100% GUARDAS MIRINS!

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